Mãe e filho... até o fim
02 de abril de 2006: (reportagem para a Rádio UFMG Educativa)
Olá ouvintes da UFMG Educativa, meu nome é Mateus Amaral.
Era uma vez uma idéia: minha mãe e eu viajarmos até o fim do mundo.
Fizemos um roteiro, organizamos a logística da viagem, calculamos um custo para baixa temporada de U$10 dólares por pessoa/dia incluindo alimentação, estadia em albergues da juventude e economizando viajando de ônibus, trem, carona ou a pé, numa aventura de 40 dias na estrada.
A viagem começou em abril a partir de Angra dos Reis, daqui seguiremos para Ilha Bela, São Paulo e depois Curitiba onde pegaremos o trem para Paranaguá, e seguiremos de barco para a Ilha do Mel.
Em Santa Catarina ficaremos uma semana explorando o litoral, depois seguiremos de trem para Itaimbezinho na serra.
Iremos pelo litoral até o Chuí, a cidade mais ao sul do Brasil.
Já no Uruguai visitaremos o parque “Santa Teresa”, Cabo Polônio, Punta del Leste, Montevidéu e Colônia de Sacramento.
Ao chegarmos à Argentina iremos diretamente à Puerto Madryn visitar a colônia de pingüins e na Península Valdés onde encontraremos leões marinhos e com sorte alguma baleia. A partir desse ponto a nossa resistência ao frio é que comandará o roteiro, se continuaremos até Ushuaia, a cidade mais ao sul das Américas ou se iniciaremos a volta para casa pelo interior da Argentina e Paraguai.
É isso ai mãe e filho até o fim do mundo diretamente de Angra dos Reis.
30 de abril de 2006:
Estamos em Florianópolis, Santa Catarina, já cruzei todo o Paraná, que tem hospedagem em torno de R$18,00, ônibus barato e informações turísticas primorosas!
Lá em Morretes no Paraná, conheci muita gente, um italiano que está dando a volta ao mundo de cidade em cidade com uma mochila, um irlandês que não fala português e o mais pitoresco, um uruguaio que viajou toda a América do Sul de BICICLETA e agora vai até o Ceara pedalando!
Já no estado de Santa Catarina, conheci três amigos que tocam o Café do Museu do Mar na ilha de São Francisco do Sul, aqui é muito caro, hospedagem cerca de R$30,00, além de pessoas que não são de amizade e posto de informações turísticas fechados.
Em Porto Belo, conhecemos o candombe “Treme Terra”, além de visitar Bombinhas, praia do Estaleiro e Florianópolis, lugares lindos, mas caros e com comerciantes mal humorados.
Mas tudo bem essa terça feira vi o melhor por do sol, no Forte de São José da Ponta Grossa, em floripa, a R$2,00 o estudante, tem o melhor visual possível e leva um posta.
Daqui seguirei para Laguna, já são mais de 1500km percorridos 11 cidades e cada vez mais frio e perto do Uruguai.
maio de 2006
Desde de 18 de Abril, foram 16 cidades, 2850km em cinco estado do sudeste e sul do Brasil.
São Paulo é a cidade mais cara, Paraná tem a melhor estrutura de informação turística até agora, Santa Catarina é o estado mais bonito, porém com a pior informação e com as pessoas mais rudes. Já o Rio Grande do Sul todos são muito simpáticos, sem duvida o gaúcho é o povo mais receptivo até agora.
Alguns lugares se destacam como o Museu do Mar em São Francisco do Sul, o Forte de São José da Ponta Grossa em Florianópolis e em Porto Alegre a casa de Cultura Mario Quintana que tem exposições sobre Elis Regina, Érico Verísssimo e do próprio Mario Quintana.
Daqui do Chuí atravessamos a avenida internacional, que no Brasil se chama Uruguai e no vizinho chama-se Brasil.
Seguiremos, eu e minha mãe, pelo Uruguai através do Parque Santa Tereza, Punta Del Diablo e Punta Del Este, Montevidéu e Colônia de Sacramento.
Agora começamos um aperto maior nos gastos, aqui US$1,00 vale $23,60 pesos Uruguaios, e se quisermos chegar à Argentina temos que economizar.