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Abertura e Coquetel do Evento

Nesta noite, mais de 300 pessoas se reuniram na Marina Bracuhy para a cerimonia e coquetel de abertura do Encontro da ABVC. A apresentação inicial coube ao Hélio Viana (foto) que agradeceu a todas as empresas colaboradoras e patrocinadoras e, com muito bom humor, passou a palavra para o presidente da ABVC Fernando Sheldon Jr e para o administrador da marina Bracuhy Hugo que celebraram um convenio que proporcionará descontos aos sócios da ABVC.

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A conversa foi animada durante toda a noite, regada a muita cerveja e salgadinhos. O único deslize da organização foi a escolha dos colaboradores que ajudariam na distribuição das latas de cerveja. Como mostra a foto abaixo, os rapazes estavam mais interessados em consumi-las do que fornece-las.

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A abertura do encontro foi uma grande festa de confraternização da vela de cruzeiro que mostra a sua disposição de compartilhar experiencias, envolver os prestadores de produtos e serviços náuticos nas suas expectativas e, principalmente, se divertir bastante.

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João Carlos

“Olha que isso aqui tá muito bom, isso aqui tá bom demais”.

Temos a certeza que todos sairão daqui emBeVeCidos.

Bracuhy está em festa. Vinte barcos já chegaram e estão na marina. As tripulações se confraternizando. Grandes encontros e reencontros de amigos.

O presidente Fernando Sheldon já está a bordo. Eneida Ceccon, nossa palestrante, de cabelo novo, e Marçal acabam de chegar.

blog kits

Os kits dos participantes estão quase prontos (foto da bagunça na montagem), cada um que chega à secretaria do evento se propõe a ajudar. É o espírito do cruzeirista em seu estado puro.

Hélio Viana, a bordo do veleiro MaraCatu

Relação dos brindes para sorteio no jantar de encerramento

Luz de fundeio, spot e lâmpada de LED da Optolamp
Curso de arrais e mestre amador da Navigator Cursos de Navegação
Final de semana para casal no Hotel Engenho do Bracuhy
Tinta antiincrustante da Internacional – Pier 242
Produtos da Tlaloc Capotaria Náutica
DVD do curso de capitão da Odim
10 Anuidades de Sócio + Embarcação (com registro de numeral) da ABVO
Final de semana para casal na Pousada Armação dos Ventos da BL3 em Ilhabela
Day charter (até 6 pessoas) no Baden Baden, no novo Delta 32 da BL3 em Ilhabela
Cadeira tipo diretor e outros produtos da Bailly Capotaria

Além disso o Hotel Engenho do Bracuhy dará desconto de 15% nas diárias, no período de julho à outubro de 2006 (fora de feriados) para os sócios da ABVC

Hélio Viana, a bordo do veleiro MaraCatu

Barcos começam a chegar em Bracuhy

O primeiro barco a chegar à Bracuhy foi o catamarã Bilene, um Lagoon 38, do comandante Silvino com o filho René e o fiel escudeiro Magrão. René, que além de cruzeirista é um exímio piloto de rali (corre pela equipe Troller), não podia fazer diferente e ganhou o pódio. Logo depois chegaram o catamarã Brazileno, um Dolphin 46, e a escuna Horizonte.

O Horizonte (foto), uma jóia de madeira com seus 82 pés de Ipê, é um projeto de Horacio Carabelli (pai do Horacio tripulante do Brasil 1). Acompanhando o pai Fabrício, a pequena Luna, de dois anos e meio, é a primeira cruzeirista mirim do IV Encontro da ABVC. Os detalhes da viagem de volta ao mundo da família Aricó podem ser vistos em www.projetohorizonte.com

À tarde quem chegou foi o Guardian (www.guardian.sombra.nom.br) com João Sombra e o filho Átila. A maquete do Guardian, um clássico de madeira de 43 pés todo em carvalho e mogno, estará em exposição no “Ponto de Encontro” com seu comandante autografando o último livro: Conversando com o Guardian.

No livro de Aleixo Belov, A Terceira Volta ao Mundo do Veleiro Três Marias (que vai ser lançado aqui na sexta, dia 16) tem uma foto que registra o encontro em Bali, dos três comandantes: Aleixo, Sombra e Antonio Carlos do Horizonte.

horizonte 1

Hélio Viana, a bordo do veleiro MaraCatu

Programa dos Cruzeiristas Mirins

Na sexta dia 16 e no sábado dia 17, para os papais e mamães poderem assistir às palestras sossegados, os Cruzeiritas Mirins terão recreadores das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 19h00 com muitas brincadeiras e folias.

Fique ligado no Quadro de Avisos, outras atividades vão surgir.

Já está programado:
Dia 16 (sexta)
10h00 Passeio de carrinho elétrico com Miriam do trawler Miroca
16h00 Clínica de “nós” com Christina, do veleiro Aquarela
Dia 17 (sábado)
10h00 Passeio de barco com visita à veleria Angra Sails
16h00 Barco é tudo igual? Visita à diferentes tipos de barcos

Clique aqui e baixe o folder (pdf) da programação infantil

Hélio Viana, a bordo do veleiro MaraCatu

ponto de encontro

O “Ponto de Encontro” (foto acima) vai ser o local para jogar conversa fora, degustar as cervejas Itaipava e os vinhos Quinta Jubair, assistir a vídeos de regatas (tragam os seus), ver fotos recém-tiradas do que está acontecendo, e quem sabe até tomar uma cachaça Magnífica ou comer um pastel de marisco…

Entre uma palestra e outra quer fazer um jipe tour até as encostas da Serra do Mar, com trekking em meio à mata Atlântica e banho de água mineral nas piscinas naturais do rio Caracatinga? Já tratamos disso para você: A Urban Escape, operadora de ecoturismo e expedições aqui em Bracuhy, oferece um pacote especial (e barato!) para os cruzeiristas. Duração total: 2 ½ horas. Tarifa: R$ 30,00.
Saídas: quinta-feira às 14h00, sexta-feira às 8h30, sábado às 8h30 e domingo às 9h00.

Ou então um rafting no rio Mambucaba? Veja que programão: deslocamento em jipe 4×4 pela trilha do ouro e descida de rafting com 1 hora de duração (nível moderado / nível 3). Duração total: 4 horas. Tarifa: R$ 100,00. Saídas: quinta-feira às 13h00 e domingo às 8h00.

As saídas são do “Ponto de Encontro”. Mais informações: (24) 9222-2144 ou www.urbanescape.com.br

Hélio Viana a bordo do veleiro MaraCatu

PostalABVC 1 2

Além do programa oficial de seis apresentações com renomados palestrantes, ainda teremos bate-papos informais com Renato das ferragens Nautos; Dalmo da Angra Sails, que além de falar dos cuidados com as velas, vão fazer uma visita guiada à nova veleria aqui no Bracuhy, Roberto da Bailly Capotaria; isso só para citar alguns.

Clique aqui e baixe o folder (pdf) do programa

Já temos garantido acesso via rádio à internet, para você escrever seus comentários no blog.veleiro.net e para aqueles que não conseguem ficar quatro dias sem ler um e-mail.

No jantar de encerramento, com música ao vivo, teremos uma canja de Vitor e Susy, do veleiro Simbad II, cantando as músicas do Cruzeiro Costa Leste (veleiro vai devagar, depende do vento e do mar…) e o lançamento do Xote da Travessia, que canta a nova regata Noronha/Jacaré na Paraíba.

A maior parte das empresas que nos apóiam vão mostrar seus produtos numa mini-feira náutica e vão sortear brindes. Que tal uma lâmpada de fundeio de LED? Ou um curso de arrais e outro de mestre amador da Navigator Cursos de Navegação em SP? Ou ainda um galão de tinta anti-incrustante da Internacional? Ou os cursos de Capitão em DVD do Odim. É pouco? Mas tem mais, muito mais.

Tragam seus cacarecos. Faremos um Brechó Náutico. Será um leilão de parede: cada peça tem um papel com o nome do dono, o lance mínimo, e se aceita troca. O martelo será batido no sábado às 12h30.

Já temos um telão com acomodações adequadas para torcer pelo Brasil no jogo de domingo, dia 18, com petiscos temáticos (do tipo: sanduíche de pimentão amarelo com alface) na varanda do Restaurante Port Side (por adesão).

O IV Encontro Nacional da ABVC é uma realização da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro e da Marina Bracuhy, tem o patrocínio da Revista Náutica e os apoios: ABVO, Angra Sails, Bailly, Barlavento, Boat Solution, Corano Náutico, Hotel Engenho do Bracuhy, ILS Yachts, IMS Yacht Brokers, Itaipava, Morsing Carl Stahl, Nautos, O Veleiro, Pier 242 e Tlaloc.

Hélio Viana, a bordo do Veleiro MaraCatu

A conversa do domingo foi com o famoso casal Marçal e Eneida Ceccon do veleiro Rapunzel cuja viagem de 5 anos ao redor do mundo com toda a família inspirou um número enorme de cruzeiristas.

Conheço os Ceccon há muitos anos e li seus tres livros. Sempre me impressionou o seu jeito calmo, paciente e objetivo na abordagem de qualquer assunto. E haja paciência: no tempo que estive a bordo, inúmeros visitantes do salão faziam as mesmas perguntas e indagações. Marçal e Eneida atenderam a todos com muito carinho, como que retribuindo a atenção que receberam no passado quando fizeram essas mesmas perguntas aos navegantes de passagem.

A conversa, é claro, se desenvolveu em torno das viagens e da vida a bordo do Rapunzel. Mas procurei saber mais sobre os “bastidores” e pude descobrir o relato apaixonado de uma família na construção do seu sonho.
- Marçal começa: “descobrimos a vela numa viagem à trabalho aos Estados Unidos. Próximo de onde estávamos havia um lago com pequenos barcos para alugar. Resolvemos experimentar e gostamos da novidade. De volta para o Brasil, compramos um pequeno Day Sailer e passamos a velejar na represa Guarapiranga em São Paulo. Fazíamos pequenos cruzeiros e pernoitávamos acampados numa barraca improvisada sobre a retranca. A primeira vez que levamos nosso barquinho para conhecer o mar foi inesquecível para nós. Sentimos imediatamente o nosso horizonte se alargar. Parecia que não havia limites para alcançarmos”
- Eneida prossegue: “A represa já não saciava a nossa ânsia de liberdade. Resolvemos comprar um barco maior, de 23 pés cabinado, e mantê-lo em Ubatuba. Todos os fins de semana passávamos a bordo do nosso barquinho e sonhávamos com viagens a lugares mais distantes”
- Marçal adiciona: “a construção do Rapunzel estava, inicialmente, muito além das nossas possibilidades financeiras. Ajudados pela boa vontade do estaleiro fizemos um enorme malabarismo para poder conclui-lo. Foram anos de muito trabalho e esforço da família”
- E finaliza: “em 1988 concluimos a construção e em 1991 iniciamos a nossa viagem de volta ao mundo. Seguimos a rota tradicional via Caribe, Panamá, Galápagos, Marquesas, Vanuatu, Austrália, Bali, Cocos, Chagos, Madagascar, Africa do Sul, Sta Helena e finalmente retorno ao Brasil após 4 anos e meio. Nossa viagem foi descrita em dois livros: Rapunzel – Uma família ao Redor do Mundo e Rapunzel nos Mares do Sul que podem ser adquiridos na Livraria Moana
- Eneida complementa: “estávamos tão adaptados aos novos valores da vida a bordo que, no final da viagem, a idéia de voltar para casa já nos parecia a coisa mais estranha de todas”

Para encerrar, extraí dois pequenos trechos dos livros do Marçal.

Do primeiro livro:
“….muita gente nos perguntou antes de partirmos: Como se faz para deixar tudo para trás e sair numa viagem assim? Na verdade, quando se sonha tanto tempo como nós sonhamos, quando se planeja para valer uma viagem como a nossa, não se deixa simplesmente coisas importantes para trás. Acontece que algumas vão sendo substituídas por outras igualmente importantes dentro dos planos da viagem. Outras assumem a forma sutil de saudade e nos acompanham o tempo todo. E, finalmente, existem umas poucas que vão perdendo a sua aparente importância e desaparecem de nossas vidas ao longo do tempo. De certo modo, nada realmente fica para trás. Mesmo o pier que vemos distanciar-se a nossa popa, com todos os nossos amigos acenando, de repente está a nossa proa, como objetivo final de toda essa aventura, fazendo desta uma viagem circular, na qual voltar para casa significa ir adiante”

Do segundo livro:
“Hoje, quase dois anos após o nosso retorno, continuamos a morar a bordo do Rapunzel e tentando viver a uma distância segura daquilo que poderia nos arrastar inexoravelmente de volta ao sistema. E, sem dúvida, uma posição difícil de defender, mas a liberdade que conquistamos não tem preço. Acredito que tão interessante como a própria viagem, é essa tentativa de reintegração de cada um de nós no mundo ao qual retornamos. Uma tentativa sem muito empenho, reconheço, mas se alguém imagina que é preciso muita coragem e determinação para sair, devia experimentar pelo menos uma vez, o que é voltar……”

A conversa com os Ceccon é interminável e fico sempre com a sensação de ansiedade pelo próximo encontro, num salão náutico, em Fernando de Noronha, Ancorado nos Abrolhos ou na tranquila enseada de Sítio Forte na Ilha Grande.

João Carlos

O artigo abaixo foi escrito pela Talita Martins Cruz. Munida de uma câmera digital e curiosidade singular, a jovem tripulante do veleiro Beduina percorreu os veleiros do pier fazendo a sua análise crítica e encantando a todos com sua simpatia e inteligência.
Talita tem 10 anos, é estudante da quarta série do Colégio Dom Hélder Câmara, mora a bordo do catamarã de 38 pés e está indo para o Caribe em 2006. Foi eleita informalmente a pequena musa do pier dos cruzeiristas.
talita
Talita em Foto de Hélio Viana

Beduína de Hugo, Gislayne e Talita
Tem fogão de 4 bocas, 3 camas de casal e uma de solteiro, 2 cascos. Gosto da rede na proa e de passar para dentro do barco sem ter que descer, de poder fechar o salão externo quando está chovendo, do banheiro ser grande e da mesa do salão externo virar cama de casal.
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Foto Hélio Viana

Rapunzel de Eneida e Marçal
Uma coisa que eu achei legal no Rapunzel foi que eles têm muitas coisas de lugares diferentes, que têm conforto e é um barco bem aconchegante. Eles têm bastante alegria no interior do barco, uma planta e uns gnomozinhos que são muito bonitinhos. Eles são muito cuidadosos com as suas coisas. O que eu mais gostei é que na cabine tem uma cadeira para poder sentar.
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Foto Talita Cruz

Maracatu de Mara e Hélio
Eu gostei da bolsa com zíper presa na parede para guardar roupas, ventilador no quarto, muitos armários, garrafeiro embutido na mesa, lixeira na porta do armário, muitos quadros e tem armário no degrau da escada.
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Foto Talita Cruz

Plânckton de Fábio
Popa grande, foi para água no final de 2003. Achei interessante o nome “planckton” que em grego quer dizer navegante. Bonito, cheio de janelas, é todo feito de alumínio, aconchegante, mas precisa de uma mesa. Tem rede nos armários para segurar as coisas, três camas de casal grandes, duas delas são divididas por uma antepara.
planktonblog
Foto Talita Cruz

Kanaloa de Eliza e Torres
Barco de aço de 50 pés bem espaçoso. Tem rede para deitar do lado de fora, muitas camas e armários, espelho grande nos quartos, armários grandes de baixo da cama, tv grande, do lado da mesa de navegação tem uma sapateira que é usada para colocar ferramentas. Eles gostam muito de ler e têm bastante livros.
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Foto Talita Cruz

Guardian de João Sombra e Átila
Achei legal que a caixa de primeiros socorros fica bem à vista no banheiro, o extintor de incêndio fica do lado da porta do banheiro, cama com rede para não cair. Eles têm uma roda de leme e uma cana de leme ao mesmo tempo, tem beliche e toda a iluminação é de led,. É bem aconchegante, mas estava um pouco bagunçado.
guardianblog
Foto Talita Cruz

Guga Buy de Eduardo e Zanella
É bem espaçoso para o tamanho do barco. Confortável, ele tem uma cama grande e uma sala grande.
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Foto Talita Cruz

Bacanas de Fernanda e Christian
Como diz o nome é “bacana”. Tem o cockpit bem espaçoso, tem uma luminária de led com um fio comprido que pode ser levado para o lado de fora, o banheiro é espaçoso, bonito e tem donos muito legais.
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Foto Talita Cruz

Fiu de Eileen e Cabinho
Eileen é a dona do “Fiu”, o barco é pequeno, mas muito aconchegante. O que eu mais gostei é que a Eileen é muito atenciosa.
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Foto Talita Cruz

Caso Sério 2 de Sérgio Zurawel
Gostei do porta-copos preso no alto, rede para guardar coisas, geladeira dentro do armário e hortinha do lado de fora. O Sérgio me deu muita atenção e me convidou para tomar groselha que eu nunca tinha tomado.
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Foto Talita Cruz

Eu queria agradecer a todos por terem me recebido tão bem a bordo.
E queria dizer que o que eu mais gostei é que todo barco tem um jeito diferente de ser, o jeito de seu dono.

Talita Martins Cruz

Rio Boat Show dia 7

Amigos, uma instabilidade estacionada em cima do Rio de Janeiro está provocando muita chuva e prejudicando um pouco o contato do público com os cruzeiristas.
Mas como o velejador não se espanta com tempo ruim, embaixo de ventos com rajadas de 23 nós e chuva intermitente a turma do Píer fez, mais uma vez, um churrasquinho básico. Dessa vez todos se reuniram no Guga Buy, dito, o menor barco da flotilha (o que não é verdade já que o MaraCatu também tem 29 pés). A festa, depois sem chuva, rolou até 2h30 da matina.

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O destaque da sexta feira foi a palestra de Mara e Hélio do veleiro MaraCatu que nos apresentou preciosas dicas da viagem que eles denominam “Círculo do Brasil”, com a subida para o nordeste no inverno até Fernando de Noronha e retôrno no verão. Ilustrado pelas belas fotos do Hélio a palestra certamente incentivou muita gente a cumprir esse percurso.

Próximos fisicamente no Rio Boat Show mas muito distantes filosoficamente, as enormes lanchas e os veleiros de cruzeiro atraem tipos muito diferentes de interesses. Tendo como alvo um público de altíssimo poder aquisitivo, os stands dos estaleiros dessas lanchas tem lindas recepcionistas e vendedores vestidos impecavelmente falando todo o tempo em sofisticados telefones celulares. Servem uisque e queijos importados. O candidato a proprietário vai, provavelmente, usar seu objeto de desejo somente como mais um meio de transporte ultra rápido, ao lado do seu helicóptero e do seu carro importado.
Em contraste, o comprador de um veleiro de cruzeiro adquire também um novo estilo de encarar a vida cotidiana. Como a sua capacidade finaceira é, geralmente, restrita, ele se interessa por aprender como fazer a manutenção dos sistemas que compôem o barco. A identificação com o mar e com os elementos da natureza é maior.
Claro que cada pessoa pode aproveitar o mar do seu jeito e não há uma regra.
Perscrutando as conversas num estande de lanchas ouve-se falar de números e estatísticas. No pier dos veleiros de cruzeiro ouve-se falar de aventuras e sonhos.

João Carlos

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