17 de Outubro de 1998
Partimos cedo de Suva, velejando entre as Ilhas Kandavu e Viti Levu, contornando o
arquipélago pelo sul. Na manhã seguinte já estávamos ao largo. Seriam 800 milhas até
Nova Caledônia. Tudo bem a bordo, leme de vento trabalhando perfeitamente, aproveitamos o
tempo para reler alguns livros dos navegadores que já fizeram este trecho nos
esclarecendo algumas dúvidas a mais sobre o próximo porto, Noumea. Muitas vezes através
do SSB em ondas curtas, ouvimos notícias do Brasil pela Rede Bandeirantes de Rádio, onde
tivemos a oportunidade de acompanhar o escrutínio das eleições.
Ao amanhecer do oitavo dia de navegação estávamos chegando em Nova Caledonia, e além
do jornal, vários outros barcos aguardavam o dia clarear para seguir entrando pela
passagem de Havannah, e depois seriam mais 40 milhas até Noumea, navegando entre águas
abrigadas, sempre tudo bem sinalizado , e barcos por todo lado. Recebemos orientação de
seguirmos direto para Port Moselle Marina, onde seriamos visitados pelas autoridades
portuárias, imigração e quarentena. A marina dá aos visitantes uma noite grátis para
que todos possam regularizar a entrada no país. O porto de Noumea é privilegiado por sua
formação natural com um ancoradouro amplo e bem protegido. São duas marinas nesta baia,
com a melhor infra-estrutura que encontramos em todas as grandes Ilhas do Pacífico Sul.
Aproveitamos para conhecer um pouco mais da história deste lugar, visitamos alguns
museus, conversamos com alguns caledonianos, e constatamos a luta de muitos para se
tornarem independentes da França. O clima entre franceses e caledonianos não é muito
amistoso.
E agora rumaremos para a Austrália !!!
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