de Cabo Verde ao Brasil,

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A navegação entre Cabo Verde e Brasil é considerada tranqüila. Para nós não foi uma exceção a regra. Ventos alísios entre 15 e 20 nós. No Equador tivemos alguns aguaceiros e calmarias.  Ancoramos em Fernando de Noronha já ás 02:00 horas da manhã do dia 08 de novembro de 2000. A nossa estada na ilha foi muito agradável.

Fernando de Noronha é de uma exuberante beleza, Atobás, Fragatas, Andorinhas do mar em seus vôos frenéticos na caça do alimento. No mundo subaquático reina a paz, os peixes  mansos se aproximam do homem sem receio algum, e, de repente, lá aparecem eles! Os famosos golfinhos rotatores fazendo a festa, saltando com alegria próximos aos barcos na ancoragem. Não sentíamos vontade de ir a terra, tamanha beleza a nossa volta, mais tínhamos que caminhar um pouco depois de tantos dias navegados. Foram duas semanas neste trecho, e esticar as pernas era preciso. Cinco dias se passaram rapidamente, era hora de levantar âncora e seguir adiante. Rumamos para Recife para uma breve estada. De Fernando de Noronha a Recife foram 280 milhas que cobrimos em dois dias e meio com uma ótima velejada, mar calmo e vento do Leste. De Recife a Salvador foram 360 milhas, três dias ótimos no mar.

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Fatos importantes para o jornal marcariam o retorno a Salvador. O primeiro deles, estaríamos fechando o círculo da nossa volta ao mundo, e o segundo, conhecer finalmente o pessoal do Ajuricaba, o grupo de amigos que construíram juntos os Samoa 29’ e os Cabo Horn 35’, que também nos aguardavam ansiosos.

Para nós tripulantes um encontro, mas para nosso pequeno veleiro um reencontro. Um reencontro de irmãos que nasceram de uma mesma fôrma e forma, fez este momento muito especial. Pareceu que já nos conhecíamos há muito tempo.

MARACATU (Samoa 29’) de Mara e Hélio, TAAI-FUNG II (Samoa 29’) de Ivan e YAHGAN (Cabo Horn 35’) de João Carlos nos recebem com alegria e clima de muita festa e cumprimentos ao jornal e seu feito.

Os veleiros irmãos levam o jornal para um merecido descanso. 

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Navegar no recôncavo baiano nos mostrando lugares maravilhosos, uma viagem no tempo,  onde ainda podemos ver as embarcações SAVEIRO que velejando (sem ajuda de qualquer motor)  fazem o transporte de mercadorias por todo o recôncavo.

A hospitalidade do povo baiano nos segura e faz a nossa estadia estender-se por quatro semanas. Neste ínterim fomos convidados a proferir uma palestra para os associados do Aratu Iate Clube que também nos acolheu muito bem.

BRASIL um  país ainda com tanta magia

O veleiro jornal está completando a circunavegação, ligando os pontos na Baia de Todos os Santos, onde há quase cinco anos atrás ainda não tínhamos idéia da extensão da nossa viagem.

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A nossa adaptação a uma vida simples, mais pura, nos impulsionou a seguir adiante em busca do desconhecido. Navegar em outras águas, conhecer outras culturas, fez cada momento ficar mais mágico.

O veleiro jornal que visitou 45 países e navegou 36 mil milhas, traz de volta a sua tripulação em segurança e na mais perfeita ordem,  permitindo que realizássemos nosso sonho.

Muito obrigado meu DEUS por ter-nos dado esta oportunidade, e Tenha certeza que o barco e a tripulação aprenderam a ‘lição das ondas’.  

Bons ventos a todos

Vilmar e Gina
Veleiro Jornal