Amigos, o tempo melhorou e a visitação também. O salão do Rio de Janeiro atrai pessoas interessadas em náutica de todo o país e há a exposição de produtos e serviços para todas as suas vertentes. O pier dos cruzeiristas, cumprindo a sua função de desmistificar a atividade de viajar e morar num barco a vela, prossegue mostrando que para realizar esse sonho não precisa ser rico e muito menos louco. O visitante encontra pessoas normais, que valorizam os simples prazeres, amam o mar e tudo que está relacionado a ele. E constata ainda que há várias formas de realizar este sonho. Vejam a história do navegador Fábio Gandelman do veleiro Planckton que passamos a relatar:
- Fábio começa: “minha descoberta dos barcos a vela foi inusitada. Um primo que mora no nordeste e trabalha com turismo, me convidou para passar férias com ele e disse que tinha adquirido dois Hobbie-Cat e precisava de alguém para ajudar na instrução básica dos turistas interessados. Como eu nunca tinha entrado num barco a vela, me matriculei na escola de vela BL3 de Ilhabela e fiz um curso rápido. Passei toda a temporada velejando e me apaixonando pela atividade. Quando retornei para São Paulo, estava definitivamente contaminado pelo vírus da náutica”
- e prossegue: “na época eu ainda era estudante de Direito e minhas velejadas se limitavam aos fins de semana. Fui instrutor de vela na BL3 em Ilhabela e na represa Guarapiranga e trabalhei com crianças e adultos. Um dia recebi uma proposta para ajudar a trazer um veleiro de Portugal para o Brasil e topei na hora. Foi uma viagem maravilhosa que me mostrou uma outra face da atividade, o cruzeiro a vela de longa duração com a travessia de um oceano”
- “já formado e trabalhando num escritório de advocacia, a minha história de velejador sofreu uma guinada por conta de uma incrível coincidência. Encontrei por acaso o Thierry Stump que me apresentou um projeto de um barco de alumínio dizendo que iria construir duas unidades e me incentivando a participar. Oscilei entre o ceticismo e o entusiasmo, por conta também da constatação de que aquele projeto estava muito além das minhas possibilidades financeiras. Felizmente não desisti e assim nasceu o Planckton, um veleiro inovador de 42 pés”
- “No final do ano de 2003 eu já tinha decidido o meu destino. Quando o barco ficou pronto, pedi demissão e embarquei (literalmente) de corpo inteiro na atividade náutica. Mudei para o Plankton para um mes depois participar da mais longa regata oceânica do Brasil, a Eldorado Brasilis de Vitória para a Ilha de Trindade”
- “para meu sustento, passei a admitir tripulantes pagos nas regatas que participava e fiz charter na região de Paraty e Angra dos Reis. Em 2004 fui até Fernando de Noronha na regata Refeno. Em 2006 fiz novamente a regata Eldorado Brasilis, sempre utilizando a atividade de cruzeiro como meio de divertimento e subsistência”
- “os meus planos para 2006 são seguir novamente para Noronha cruzeirando pelo nosso litoral. Depois continuar para o Caribe e atravessar o Atlântico norte em direção a Europa”
- “e o Planckton, há um ano, recebeu uma importante aquisição: uma companheira de aventuras, dedicada e interessada que veio complementar o meu sonho de navegador”
Nesta terça feira era aniversário do Fábio que fazia 33 anos.
A turma do pier, atenta a um bom motivo para festejar, organizou uma animada comemoração que incluiu uma deliciosa torta de morangos, salgadinhos e rodízio de …………. caipirinhas.
João Carlos
Fotos: Hélio Viana
Cara esta de parabens, Tenho um sonho de ir navegando do
Rio de janeiro, passando por Tristão da Cunha, ilha de
Santa Helena, Cidade do CABO E VOLTAR.
Fabio
Parabéns pelos seus sonhos realizados!!!acompanhei uma parte de sua trajetória da época em q vc ainda estava na faculdade, foi para natal e depois entrou na BL3, tentei velejar de windsurf com vc mas não fui muito bem!!!
Um abraço para vc e sua familia