Saímos de Tilcara de manhã, não muito cedo, pois faríamos um trecho de pouco mais de 400km até Atacama no Chile. A 45km de Tilcara vimos o Cerro das Siete Cores, que anunciava nossa chegada à Purmamarca, um lugarejo de origem indígena, muito pequeno e aconchegante, que vive de basicamente de turismo e artesanato. encravado no meio de morros coloridos e altas montanhas.
De lá era só subida, pegamos a Cuesta Lipan, a ruta 9 é uma estrada em bom estado de conservação, que vai contornando os morros, como serpentes, até o ponto mais alto da cordilheira do lado argentino antes do Paso de Jama. Na placa marcava 4170m de altitude e no nosso GPS foi de 4217m do nível do mar.
Ao iniciar a descida para os altiplanos argentinos nos deparamos com a Salinas Grandes, uma área enorme e branca, vemos sal para todos os lados. quase não cruzamos com veículos, somente alguns caminhões, pouquissimas casas, nenhuma gente, também para morar nessa altitude é preciso coragem e desprendimento, porque tem pouca água, é frio e seco, não tem energia elétrica, chegamos a ver uns painéis solares nas poucas casas que avistamos. Mas tinham muitas , incontáveis Lhamas e Vicunhas andando livres por todo esse nosso caminho.
Quase na fronteira tem a minúscula e feia Susquez, cidade de apoio e mineração.
Mesmo com a burocracia, dar saída no país foi tranquilo, e quase rápido.
Mas para chegar ao Chile subimos ainda mais ao nosso recorde de 4827m do nível do mar. Mais salares nos altiplanos chilenos, numa paisagem exuberante, depois foi morro abaixo até San Pedro de Atacama, mais alfandega, carimbos, vistorias.
A cidade é pequena, simpática e muito turística.
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