O cruzeiro ao nordeste sofreu uma interrupção temporária. Parado com o barco em Salvador, no dia que havia planejado iniciar a subida para Recife, um apelo inadiável me fez decidir retornar ao Rio de avião, adiando a continuidade da viagem.
Não estou contrariado nem chateado com esta mudança. As praias e ilhas continuarão nos mesmos lugares, prontos para serem visitados. Uma das primeiras (e principais) lições que aprendi no mar foi o exercício da flexibilidade. Uma outra, mais recente, e que uso agora para complementar o título, é a de que somos indispensáveis aonde nos esperam.
Nota: a frase-título é do novo livro de José Saramago
Caro João,
não sei se você se lembra de mim. Estive no seu barco aqui em Salvador há alguns anos atrás. Conversamos também por e-mail algumas vezes. Bom saber que o Yahgan está por aqui de novo. Eu enfrentei muitas tampestades em terra e nunca construí meu barco. Terminei o primeiro casamento e vou para o segundo, mas parece a patroa pode ser mais dada a aventuras… Quem sabe nos lançaremos ao mar um dia. Gostaria muito de revê-lo quando voltar a Salvador. Espero que sua viagem continue e seja muito feliz! Abraço, Guilherme
Amigo João,
Para nós foi uma tristeza ver quando o Yahgan teve que retornar de Itapoã, mesmo que por um motivo realmente importante.
Agora, ao ler seu blog, ficamos satisfeitos em saber que sua sabedoria o faz encarar as dificuldades com esse espírito positivo e otimista.
Pedindo licença ao genial Saramago, podemos dizer que estaremos sempre aguardando por aqueles que nos querem encontrar.
Esperamos o Yahgan e sua tripulação aqui pelo nordeste para prosseguirmos nossa jornada que já tem agora tantos anos de encontros prazerosos.
Grande abraço,
Ivan e Egle
Caro João,
já está de volta à Bahia? Por onde anda o Yahgan? Quero fazer-lhes uma visita.
Abraço,
Guilherme
João,
Você já chegou aonde lhe esperavam? Cadê as notícias? Por favor, deixe de preguiça e atualize este blog.
Bons ventos sempre,