O momento de soltar as amarras e partir é sempre o que mais me emociona.
Partir é deixar para trás um porto amigo com pessoas que nos receberam de braços abertos e gentilezas. Gente amiga que nos acolheu e nos orientou sobre a próxima pernarda, e mesmo sabendo como é dificil voltar, nos perguntam quando voltaremos. Gente do mar, acostumada aos mares bravios dessas latitudes, que nos perguntam como é o atlantico do outro lado. São pessoas que tiveram seus ancestrais arrancados a força dos seus lares, confinados em porões de navios, levados para as américas para serem escravizados. Gente que hoje nos admira, pela liberdade e fraternidade existente no nosso querido Brasil, mas nem de longe sabem dos brasileiros que sofrem com a desigualdade social ainda existente, desigualdade que esperamos, despareça, na esteira da vida. A essas pessoas explico que do outro lado do oceano atlântico está a verdadeira motivação da minha vida, lá estão as pessoas a quem eu amo, que quando eu as encontrar, iluminarão a minha vida, transformando minha chegada em um momento especial de AMOR, FÉ, ALEGRIA E SUPERAÇÃO.
Adeus CAPE TOWN, adeus AFRICA DO SUL.
Até um dia.
Marinheiro Raimundo
tio vc é um homem de coragem e de vitórias. eva
Adorei o texto, muito inspirador.
O momento de soltar as amarras e partir é uma forma simbólica e poética de libertação…
Que Deus o acompanhe.
Abraço!
João Nascimento
meu amigo raimundo estou lendo com muita curiosidade toda a sua viagem , gostaria de saber onde e quando vc chega ao brasil . quem sabe poder te receber e dar um baita abraço.desde ja meus parabens pelo feito.
manolo do sabadear
Ufa…derramei lágrimas. E elas me trouxeram, junto com suas palavras, um pouco do sabor desse mar imenso e salgado por onde vc veleja. Obrigada e bom retorno!