Rosas dos Ventos

 

 

 

 

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Match Race


Salvador, 14 de março de 2005.  
 Bom dia, meninas

  Estou sem palavras para definir o quanto o nível técnico desse match é alto. Manobras nas bóias perfeitas, largadas com a utilização das regras e uma constante adrenalina para controle total do barco e da velocidade.
As funções à bordo eram completamente definidas nos detalhes, de forma que sempre estávamos preparados para dar um jybe, um cambada, ou um 270º (penalização) logo após outra manobra.
Estou com alguns roxos nos braços e nos joelhos, depois de levar algumas pancadas e até descobrir a melhor posição no barco para fazer as manobras cada vez mais rápidas.
Muita coisa aprendi com Los Muchachos. Em primeiro o respeito à bordo e muita comunicação.
O Victor Mariano (é seu parente, Tia Celina# rsss), trabalhava comigo nas escotas da Genoa estava sempre cantando o rendimento do barco, as rajadas e manobras do barco adversário, inflando o timoneiro Sant (Santiago Vasquez) de informações.
Na mestra, estava o Nano (Alessandro), um cara muito safo que munia também o timoneiro com algumas informações específicas como o andamento do barco adversário.
O proeiro, Pedro Mas, já usava a cadeirinha de rapel munida de alicate e faca e estava pronto para qualquer manobra.
No treino que fizemos na terça à tarde no Odoiá, houve um problema na ponteira do pau enquanto o balão estava em cima e o Pedro se dependurou com os dois braços até chegar na ponteira, resolveu o problema com uma das mãos e em seguida utilizou as duas pernas e os braços entre o pau de spi para voltar rapidamente ao barco.
Meu queixo foi lá embaixo e voltou. O cara é fera!
Eles fazem parte da equipe espanhola, chamada Desafio Espanhol, que possui 34 velejadores. Eles iniciaram os treinos para o Americas Cup 2007 e o patrocinador Petrola banca desde o preparo físico, médicos, treinadores, barco e passagens para participar de outros matches em outros países. Dentre esses velejadores, ao final desses dois anos será definida a equipe sparing e a original.
Havia também na tripulação a campeã mundial de 420, Isabel Ficker, uma moça de uns 19 anos, muito simpática e eficiente à bordo, na função de mastro e recolhimento de balão por dentro do barco.
No piano, estava o George e no mastro também, Márcio Cruz.
Nas regatas de mais vento, Márcio ocupava as posições de chicote de genoa e barla de balão e nas regatas de menos vento, eu e Márcio trocávamos de função.
Achei maravilhoso, pois no dia de mais vento, eu pude observar as regatas e entender na prática as regras de match.
A tripulação estava bastante integrada. A-do-rei.
Tenho muito que agradecer ao Márcio Cruz por ter divulgado a possibilidade de vagas, pois isso com certeza abrirá mais portas para a vela daqui da Bahia e para a vela feminina.
A Anna conseguiu uma vaga com o Joca no primeiro dia de regatas e também no dia da regata feminina. Ela está radiante!
Falando em regata feminina, esta foi feita no domingo de manhã, onde Alan Adler estava no barco que eu estava participando (Fernanda) e Nelson Ilha no outro barco.
Só uma nota sobre a regata das mulheres:
  
Regata feminina (quase) - Desafio UBS

FERNANDA x ISABEL:

Com ventos fraquíssimos, Fernanda largou muito melhor, cruzando a linha 5 segundos a frente da ISABEL. A distância se mantém até chegarem próximo a bóia (10 barcos) quando Isabel camba para direita para sair do sujo e Fernanda não camba para marcar, o vento ronda 30 graus fazendo Isabel ir direto para a bóia. Fernanda que tinha 10 confortáveis segundos a frente,
agora está 10 segundos atrás. A subida de balão de Isabel dá um sutiã, mas a subida de Fernanda foi uma confusão com escotas todas passadas errada e genoa do lado errado e etc. Isabel abre 30 segundos na popa e até o final já era 40 segundos.
Obs: depois soube-se que no barco de Fernanda, qdo estavam perto da bóia, em vez de marcar o outro barco estavam preparando para dar um jybe-set (que não foi treinado antes) e que de ultima-ultima-ultima hora mandou desfazer tudo que seria normal!!!!! Portanto está explicado porque deu tudo errado!!!!).
Bem, só completando o comentário, na segunda perna o vento de chuva chegou e apertou muito e a escota de barla do balão, mesmo com 4 voltas na catraca e duas para caçar e "manicaquear" a coisa quase não se mexia. Faltaram músculos!!!!
Beijos a todas
Christina Frediani
PS: fotos no site www.terra.com.br/fotos/album.cgi/852317

 

 

Match Race, Baia de Todos os Santos/ BA, março de 2005

 

Match Race, Salvador/BA

 

Match Race, Salvador/BA março 2005